O PORQUÊ DA REALIZAÇÃO DO PROJECTO:
Os principais desafios e problemas que a região Oeste enfrenta no presente são:
• Baixa qualificação da sua população e respectivas organizações,
• Fraca competitividade, internacionalização e inovação empresarial,
• Desemprego e sub-emprego, relacionados com uma multiplicidade complexa de factores que importam clarificar,
• Insuficiente eficácia e eficiência das organizações de intervenção sócio-local.
• Pouca valorização e aproveitamento económico, de forma integrada, articulada e coerente, do diversificado leque de recursos locais.
A região enfrenta assim um conjunto de problemas e incapacidades:
1. Incapacidade das medidas e mecanismos existentes em responderem positiva e eficazmente às necessidades / vontades assinaladas.
2. Dificuldade em conseguir construir / organizar uma Rede para estimular o surgimento de novas iniciativas empresariais locais.
3. Existência de estudos, relatórios e planos (frequentemente correspondentes a organizações sectoriais distintas), cuja transferência prática para o território (para a vida das pessoas) tem sido inconsequente.
São também necessidades da região e ambições do projecto:
1. Vontade de estimular novas dinâmicas de desenvolvimento da região Oeste.
2. Vontade de promover a qualificação do território, valorizando os seus recursos endógenos e a sua afirmação competitiva.
3. Necessidade de reforçar a coesão social do território, pela inclusão dos grupos mais desfavorecidos.
4. Necessidade de estimular o surgimento de novas iniciativas empresariais.
5. Necessidade de estimular a criação e sustentação de emprego, em particular das pessoas com maiores dificuldades de integração.
RECURSOS / POTENCIALIDADES:
A IDENTIDADE TERRITORIAL será neste projecto o recurso transversal a todos os objectivos e/ou actividades.
A localização geográfica privilegiada da sub-região e a riqueza do seu território permitem-lhe beneficiar de um conjunto de argumentos a integrar (e valorizar) no contexto de novas iniciativas e novas dinâmicas de desenvolvimento local. Podemos referir, a título de exemplo:
• Extensa área de costa com inestimável valor ambiental, podendo ser aproveitada economicamente (fileira de actividades da pesca e do Turismo-Mar);
• Solos férteis e com níveis de produtividade elevados, de que são exemplo a cultura competitiva dos horto-frutícolas (primores, pêra rocha, etc.);
• Tecido empresarial com tradição nalguns sectores que têm demonstrado capacidade de requalificação técnico-produtiva e atraído o interesse de novos grupos económicos;
• Património económico diversificado e de elevado valor que, baseado nos recursos físicos e humanos locais, deve ser potenciado (unidades cerâmicas e agro-alimentares, elementos termais, etc.);
• Património histórico e natural com características paisagísticas, monumentais e densidade cultural de temática erudita e de raiz popular.
Importa também assinalar como potencialidades, a existência de várias organizações com experiência na promoção do desenvolvimento sócio-local, por via da qualificação e integração dos recursos humanos, da inovação e transferência tecnológica, do apoio à criação de iniciativas empresariais, entre outras.
É nas pessoas em situação de desfavorecimento que as potencialidades se encontram; é nas organizações de intervenção sócio-local e na capacidade dos seus profissionais e colaboradores que está o potencial de actuação. O desafio consiste em mobilizá-lo / despertá-lo.
PRETENDEMOS ATINGIR OS SEGUINTES OBJECTIVOS:
-Suscitar iniciativas e novas dinâmicas de desenvolvimento local; -Capacitar as organizações e seus agentes para o estímulo ao “empreendedorismo”;
-Desenvolver mecanismos de detecção de necessidades não satisfeitas pelo Mercado;
-Estruturar dispositivos inovadores de apoio aos potenciais empreendedores;
-Criar estruturas inovadoras que acolham transitoriamente iniciativas empresariais;
-Estimular o espírito empreendedor dos jovens e promover a sua qualificação;
-Promover a inserção profissional dos grupos com maiores dificuldades, nomeadamente as mulheres.
O QUE VAMOS FAZER:
Acção 1 – Actividades:
1. Diagnóstico de necessidades que irá contemplar as seguintes acções:
a) Levantamento de experiências locais susceptíveis de contribuir para suscitar iniciativas e dinâmicas de desenvolvimento local (ADL’s, Câmaras Municipais, associações sectoriais e regionais, etc.)
b) Levantamento das necessidades/problemas das organizações e seus agentes no estimulo ao empreendedorismo
c) Conhecer as motivações e problemas/obstáculos à criação do próprio emprego e identificar necessidades de apoio a potenciais empreendedores
d) Definição do modelo de funcionamento, perfil de competências a mobilizar, serviços a disponibilizar pelos Clubes de Iniciativa
e) Estudo de modalidades de funcionamento das estruturas de acolhimento temporário de iniciativas empresariais
f) Identificação de necessidades de formação com vista à promoção do empreendedorismo (p.e, animadores locais, potenciais empreendedores, mulheres,…).
g) Análise do papel actual e potencial dos diferentes actores da Região na promoção do empreendedorismo.
Acção 2 – Actividades:
1. Actualização contínua do diagnóstico elaborado na Acção 1;
2. Constituição de uma rede regional de apoio ao desenvolvimento sócio-local;
3. Formação de animadores locais para apoio à criação de iniciativas;
4. Criação de dispositivos de aconselhamento, apoio técnico e formação;
5. Criação de estruturas de apoio à incubação das novas iniciativas empresariais;
6. Constituição de “Clubes de Iniciativa” de estímulo à cultura empreendedora;
7. Realização de acções para a conciliação da vida familiar e profissional.
COM QUEM O VAMOS FAZER:
Destinatários Finais:
• População com dificuldades de integração profissional e/ou social;
• Mulheres com dificuldades de integração profissional e/ou social;
• Organizações de desenvolvimento sócio-local;
• Animadores de iniciativas empresariais;
• Estudantes e formandos e respectivas instituições. ^
O Projecto é co-financiado pelo Programa Iniciativa Comunitária Equal e será faseado em duas acções:
• Acção 1 De 11 Novembro 2004 a 11 Maio 2005.
• Acção 2 Terá a duração de 24 meses.
CO-FINANCIAMENTO: